terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Release



Esse é o release do projeto Desenhando Histórias.

Divulgue você também e programe-se para acompanhar as pinturas nas escolas.

Joaquim Manuel de Macedo




Autor
Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882)


Nasceu no Rio de Janeiro e em 1844 formou-se em medicina. Nesse mesmo ano, estreou na literatura com a obra "A Moreninha", que certamente foi a primeira obra da literatura brasileira a alcançar êxito de público tornando-se um dos marcos do Romantismo no Brasil.

Macedo, além de médico, também foi jornalista, sócio fundador, secretário e orador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e professor de Geografia e História do Brasil. Sua forte ligação com Dom Pedro II o levou a ser preceptor e professor dos filhos da Princesa Isabel.

Em 1849 fundou, juntamente com os escritores Gonçalves Dias e Araújo Porto-Alegre, a revista Guanabara, que divulgava o estilo literário romântico da época. Joaquim Manuel de Macedo foi romancista, poeta, cronista literário e dramaturgo. Sua grande importância deve-se ao fato de ser considerado um dos fundadores do estilo romântico na literatura brasileira e, possivelmente, um dos principais responsáveis pela criação do teatro no Brasil.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

"A Luneta mágica"




"A Luneta Mágica" - Joaquim Manuel de Macedo

O livro conta, em primeira pessoa, a história de Simplício, um rapaz que sofre de uma dupla miopia: a miopia física, que o impede de ver ou distinguir qualquer objeto a duas polegadas de distância de seus olhos e a miopia moral, que o impede de entender e distinguir as ideias dos outros ao seu redor.

Com o intuito de corrigir sua miopia, Simplício procura diversos médicos até que conhece um fabricante de lentes e especialidades óticas. Este senhor oferece a Simplício uma solução para sua miopia envolvendo mágica e, para isso, recorrem a um armênio que havia chegado recentemente para trabalhar em sua loja.

O armênio combinou que naquela noite faria uma luneta (óculos com apenas uma lente) mágica para Simplício, porém teria algumas recomendações: “Dou-te uma luneta mágica; verás por ela, quanto desejares ver, verás muito: mas poderás ver demais. (…) não fixes esta luneta em objeto algum, e, sobretudo, em homem algum, em mulher alguma por mais de três minutos (…) não a fixes por mais de três minutos sobre o mesmo objeto, ou aborrecerás o mundo e a vida”.

Ansioso com a possibilidade de enxergar o mundo, Simplício fixa o olhar na luneta por mais de três minutos e fica horrorizado com a cena que vê. Ingênuo, começa a fixar a luneta sobre tudo ao seu redor para ver aquilo que está além da aparência das pessoas, porém são visões que mostram pessoas egoístas, ambiciosas, gananciosas e, cada vez mais, Simplício torna-se excluído socialmente. Após diversas situações, a luneta de Simplício se quebra. Posteriormente, o armênio lhe entrega uma nova luneta, que ao contrário da primeira, quando fixada por mais de três minutos em algo mostra a imagem do bem.

Durante todo o enredo, o autor retrata a bondade e a maldade que existem em todas as coisas através da visão de Simplício e, assim, faz uma reflexão sobre a sociedade da época e os valores morais e costumes vigentes.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Laboratórios de criação

Antes das pinturas nos muros são realizados laboratórios de criação, onde cada grupo de graffiteiros, que irá pintar o trecho da obra escolhida, se reune para pensar nos elementos que irão compor o painel.

O primeiro muro que será pintado é o da obra "A Luneta Mágica" com os graffiteiros Almir, Lost e Bozone.

O laboratório de criação já foi realizado, onde os artistas puderam trocar informações sobre como pretendem desenvolver o painel coletivamente.

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Lost

Lost, Michael Luis, é graffiteiro na cidade de Campinas desde 2006 e seus desenhos são voltados para as crianças, com o intuito de alegrar ao mesmo tempo levar as pessoas à reflexão. É arte educador utilizando técnicas do graffiti em escolas municipais de Campinas. www.fotolog.net/lostcps


Desenhando Histórias
Almir

Almir Pinheiro, o graffiteiro Mirs, ocupa os espaços das ruas de Campinas desde 1998 com suas figuras coloridas refletindo o protesto sobre questões cotidianas e não se prendendo aos padrões ou formas pré definidas. Artista visual pela UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), atua como arte educador e assessor em artes visuais no Núcleo de Educação e Comunicação Social do Programa Municipal de DST/AIDS em Campinas.



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Bozone


Marcos Masson é conhecido no graffiti como Bozone e tem um estilo próprio mesclando elementos de design com formas e figuras em vetores. Sua formação em design gráfico auxilia na criação de novas figuras e composições para o graffiti, o que proporciona painéis harmônicos e sem excesso de informações.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Obras literárias

Durante os meses de Março, Abril e Maio de 2010, serão retratadas 12 obras da literatura nacional em escolas públicas da região de Campinas.

Cada obra terá um trecho retirado do próprio livro que será transcrito no muro, tendo como intuito contextualizar o público em relação a obra e servir de inspiração para os desenhos dos graffiteiros.

As obras para esse projeto são:

“A Luneta Mágica” (Joaquim Manuel de Macedo)
“Helena” (Machado de Assis)
“Poemas dos Becos de Goiás” (Cora Coralina)
“Menino de engenho” (José Lins do Rego)
“Meu pé de laranja lima” (José Mauro de Vasconcelos)
“O menino no espelho” (Fernando Sabino)
“Grande Sertão: Veredas” (Guimarães Rosa)
“Morte e Vida Severina” (João Cabral de Melo Neto)
“Teresa Batista Cansada de Guerra” (Jorge Amado)
“A Casa do Poeta Trágico” (Carlos Heitor Cony)
“Valsa Negra” (Patrícia Melo)
“Perto do Coração Selvagem” (Clarice Lispector)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Desenhando Histórias

Poesias, crônicas e romances brasileiros são o ponto de partida do projeto Desenhando Histórias. Os universos simbólicos de autores como Clarice Lispector,Cora Coralina, Guimarães Rosa e José Mauro de Vasconcelos, entre outros, serão retratados em imagens, a partir do olhar e da interpretação de artistas de rua.
Mesclando artes visuais e literatura, graffiteiros de São Paulo, Campinas e outras cidades da região criarão composições visuais tendo como suporte muros de escolas da rede pública de ensino de Campinas.
A proposta de Desenhando Histórias é fazer emergir dos muros das escolas a beleza, o encantamento, as fantasias e os elementos da cultura brasileira, criando um contraponto ao signo de degradação que está vinculado ao ambiente urbano.
O projeto está sendo realizado com apoio do Governo do Estado de São Paulo através do Programa de Ação Cultural da Secretaria do Estado da Cultura.